sábado, 14 de abril de 2012

Com 'DJ' Michael Soares, Michel Teló não tem vez na seleção de taekwondo

Márcio Wenceslau e Michael Soares com som treino taekwondo (Foto: Carla Flores / CBTKD)
(Foto: Carla Flores / CBTKD)

Fonte: GLOBOESPORTE.COM


Se a música "Ai se eu te pego" é uma das mais tocadas em shows e boates de todo o mundo, um pequeno refúgio ainda se mantém imune ao repetido refrão de Michel Teló. O responsável: Michael Soares, da seleção brasileira de taekwondo. Quando o técnico Fernando Madureira aplica um treino mais leve, entra em cena a alma de DJ do atleta, que, ao invés do sertanejo universitário, opta pelas batidas do reggaeton e do hip hop. Mas de vez em quando a playlist vira alvo rápido da crítica dos companheiros.


Desde o início dos trabalhos com Madureira, em 2005, Michael era um dos que pedia para os treinos leves terem um momento em que tivesse uma música de fundo. No começo, com pouca intimidade com o comandante, a prática era pouco liberada, porém, com o passar do tempo, se tornou inevitável. E foi justamente o carioca quem tomou a frente de escolher a playlist dos treinamentos. O taekwondista curte qualquer tipo de música com batida, em especial reggaeton e hip hop, mas o sertanejo universitário não lhe apetece. Por isso, o "Ai se eu te pego" fica fora da seleção de músicas do carioca.
Michael Soares treino taekwondo (Foto: Matheus Tibúrcio / Globoesporte.com)
Michael Soares durante o treino da seleção no Rio
(Foto: Matheus Tibúrcio / Globoesporte.com)
- Michel Teló não dá. Não faz o nosso gosto - resume Michael, que aponta o Danza Kuduro como um dos melhores reggaetons atualmente.
Segundo o taekwondista, a seleção brasileira tem escolhas musicais em comum. As músicas animadas e com ritmo marcante caem rápido no gosto dos atletas. Mesmo vindos de vários locais do país, muitos competem internacionalmente. Com a experiência fora, vem também o contato com tipos mundialmente difundidos, como o hip hop e a eletrônica.
- Temos pessoas do Rio, de São Paulo, do Distrito Federal e de Londrina, mas a maioria compete também no exterior. Então a gente passa a gostar também dessas músicas que têm uma batida forte. No fim das contas, não gostamos daquelas mais lentas e que te deixam para baixo - explica.
Como para tudo há críticas, Michael não escapa das reclamações amigáveis dos colegas de seleção. O carioca é animado para colocar as músicas durante o treino, mas nunca teve a vontade de organizar uma playlist oficial para as atividades. É assim que os pagodes românticos - fatais para os ouvidos dos atletas - surgem logo após uma música animada.
- Quando isso acontece, o Márcio (Wenceslau) é o primeiro a reclamar. O Diogo (Silva) também fica brincando. 'Ei, Michael, cadê a parada?', eles gritam - lembra o carioca, rindo das várias vezes que as fatídicas músicas tocavam.
O paulista não perdoa as falhas. Apesar de ser tão eclético quanto o carioca, basta uma música na hora errada para começar as provocações.
- De vez em quando ele coloca uns negócios estranhos - brinca o atleta, que deve saber na próxima semana se vai ou não para Londres-2012.
Michael tem uma boa explicação. No modo aleatório, ele não teria poder de alternar entre as músicas ideias para as atividades.
- Não é culpa minha, é da máquina que está no aleatório. Não dá para mandar em máquina. Só resta torcer para tocar a música certa - se defende Michael.
Com música boa ou ruim, a seleção de taekwondo segue treinando no Rio de Janeiro até este sábado. Depois, os atletas retornam aos seus clubes.

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