sexta-feira, 8 de junho de 2012

Falhas no Protetor Eletrônico?

Fonte:Bang

Um dos fatos mais polêmicos no uso do PSS foi o da atleta Yang Shu-chun durante os 16º Jogos Asiáticos em 2010, que usou uma meia, apesar de ser do mesmo fabricante, mas era do modelo antigo, que tinha mais sensores do que o então modelo em uso na época. Assim como outras polêmicas levantadas em relação ao sistema usado, LaJust, interferência de sinal por aparelhos celulares, entre outros.

O atual sistema oficial, o PSS da Daedo, também já passou por melhorias, uma delas foi a mudança da meia (leia aqui).

"Certo dia, voltando do treino, cheguei em casa e desfiz a mochila, pedi para minha mãe pendurar minhas meias para secar, ela estava na cozinha de casa e joguei para ela, uma delas voou e parou na porta da geladeira! Ficou grudada lá!", disse uma atleta e foi assim que começou a nossa investigação, "Liguei para o Mestre na hora: Mestre a meia grudou na geladeira! O Mestre respondeu: Como assim? Grudou?" Fomos informados e fizemos o teste, sim, a meia grudou na geladeira. No mesmo instante um dos nossos amigos disse que era um ímã! Um ímã? Ficamos cheio de dúvidas e decidimos desmontar uma meia. Quando desmontamos encontramos um tipo de EVA fino e macio dobrado e colado, cuidadosamente abrimos este EVA e encontramos o ímã! Sim, o sensor de marcação da meia é um simples ímã com aproximadamente 1cm de diâmetro.


Então começamos os testes, compramos mais ímãs, de diversos tamanhos e colocamos na meia. Quanto maior o ímã, mais fácil o ponto vai entrar? Preciso da mesma força? Só encostar no colete para o ponto ser marcado? Enfim, começamos a organizar uma série de questões para o nosso teste (ainda estamos testando as inúmeras possibilidades). Mas o que percebemos, obviamente, quanto maior quantidade de ímãs, maior a área de contato com o colete tornando mais fácil a marcação do ponto. Substituímos os ímãs por ímãs de maior tamanho, mantendo a quantidade de ímãs, percebemos também que facilita a marcação dos pontos.

Fizemos outro teste, colocamos estas pastilhas de ímã sob o elástico da meia e da caneleira, também deu certo, o ponto entrou! Outro teste mais interessante, colocamos um ímã bem maior e mais forte na palma da mão, sob a luva protetora, pressionamos contra o colete, simulando um clinche e com a outra mão, sem luva, desferimos um soco, em algumas tentativas o ponto foi marcado.

O regulamento de competição da WTF prevê punição quanto a manipulação da meia e sensores, porém como identificar essa manipulação? Em alguns campeonatos abertos internacionais que participamos, durante a inspeção é passado o detector de metais, isso identificaria por exemplo a presença de ímãs extras na caneleira e em outras partes do corpo, porém, e se o ímã foi substituído por um maior ou então foram colocados mais ímãs na meia? Um medidor de intensidade do magnetismo seria a solução? Meias novas e lacradas (ou marcadas com alguma marca especial) entregues aos competidores no dia da competição? Podemos pensar em várias soluções ou procedimentos para evitar a manipulação.


Ímãs de NdFeB ou Neodímio

Esta é uma das lacunas que encontramos no atual sistema PSS oficial, porém preferimos acreditar no fairplay por parte de todos os envolvidos nas competições.

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