sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Garantido em Londres, "Pantera Negra" foca em repetir façanha no Pan

Diogo Silva ficou marcado por gesto de protesto na Olimpíada de 2004. Foto: AFP


Por Portal Terra

Carol Almeida

O responsável pela primeira medalha brasileira nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro conquistou, em julho, a primeira vaga de taekwondo para os Jogos de Londres. O lutador Diogo Silva pretende ainda ser o primeiro em Guadalajara e levar o bicampeonato na competição. Para 2012, o atleta também tem as melhores expectativas: "Se eu tiver inteiro, com um bom treinamento, é possível levar medalha", comentou.
Diogo participou da Olimpíada de Atenas, em 2004, na qual conquistou o quarto lugar e ficou marcado por fazer um gesto de protesto contra a falta de incentivo ao taekwondo nacional, levantando sua mão direita com uma luva negra após ser derrotado na disputa pela medalha de bronze, lembrando o gesto dos panteras negras.
Três anos depois, o atleta levou o ouro no Pan do Rio, mas não voltou a repetir a atuação nas seletivas para 2008 e ficou fora de Pequim. Dessa forma, a garantia para 2012 veio junto com o sentimento de missão cumprida para o atleta. "Tinha programado a minha volta aos Jogos Olímpicos desde Pequim. Foram três anos para voltar e consegui isso", disse ele.
A vaga para Londres foi conquistada no torneio Pré-Olímpico Mundial, disputado em Baku, no Azerbaijão, no mês de julho. Diogo venceu cinco combates e ficou com o bronze, se consagrando entre os melhores do mundo.
Mas, antes de Londres 2012, Diogo faz uma importante parada em Guadalajara, onde espera chegar ao lugar mais alto do pódio. "Sou um dos alvos principais dos atletas adversários, mas vou buscar o bicampeonato em Guadalajara", disse Diogo. O atleta terá um período de dois meses para manter o preparo do forte treinamento para o Pré-Olímpico e ainda a capacidade física.
Para o próximo ano, Diogo Silva contou que, espera ir com "força total" para a competição e lutar por medalha na Olimpíada de 2012. As expectativas do atleta são as melhores possíveis, que destacou um ponto decisivo na determinação do pódio em Londres: a capacidade de treinamento até lá.
Aos poucos, o lutador também começa a pensar na Olimpíada de 2016 no Rio de Janeiro. Para Diogo Silva, ainda falta desenvolver o esporte desde a base, além de núcleos de treinamento consolidados. Mas, concorda que o taekwondo passa por um bom momento no Brasil.
O atleta acredita que os resultados conquistados pelos seus contemporâneos no taekwondo, com medalhistas olímpicos, mundiais e pan-americanos, abrem muitas portas para a geração que vem em seguida. "Deixamos um bom legado para os mais novos".
Com sete anos de idade, Diogo teve o seu primeiro contato com o taekwondo. "Gostava muito de filmes de lutas, queria aprender a chutar". Aos 16, ele já foi para o Mundial júnior e, por ter ganhado o bronze, começou a encarar o esporte como profissão.
Dentre todos os títulos conquistados pelo atleta até hoje, o quarto lugar em Atenas (2004) foi o mais marcante, pois os Jogos Olímpicos são "a competição mais difícil que existe". No entanto, Diogo coloca que em termos de visibilidade, o ouro no Pan foi o que trouxe mais repercussão: "abre portas para a gente, além de um melhor retorno financeiro, novas perspectivas positivas", destacou.

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